Confira cinco dicas de como fazer a escolha do local físico de um negócio
Conhecer todas as variáveis antes de decidir contribui para evitar riscos associados à escolha de um ponto que não corresponde às expectativas
03 de outubro de 2024
Escolher o local físico para expandir uma operação ou para iniciar um empreendimento é um desafio que vai além da simples escolha do endereço certo. E quem não conhece bem a área ainda precisa analisar detalhadamente diversos fatores e variáveis que podem levar o negócio ao sucesso ou decretar o contrário. Por isso, cada vez mais ferramentas que combinam informações geográficas, demográficas e análise de dados têm despontado como alternativas para uma tomada de decisão estratégica.
De posse dessas informações, que têm como base dados completos de instituições oficiais, como o censo demográfico, é possível avaliar aspectos essenciais, como o volume de público que passa pelo local, a movimentação financeira da região, previsão de receita financeira, características estruturais da população residente, empreendimentos concorrentes, além de outros fatores que mostram o potencial da região.
De acordo com Leandro Jardim, diretor da Geofusion, solução de inteligência geográfica e análise de dados da Cortex, ter o conhecimento de todas as variáveis antes de tomar uma decisão que envolve tempo, conhecimento e investimento financeiro contribui para evitar riscos associados à escolha de um ponto que não corresponde às expectativas.
“Uma escolha segura de ponto comercial requer um estudo estratégico que contemple potencial, viabilidade e projeções. É uma forma de reduzir riscos e evitar eventuais prejuízos. Esse é o papel das ferramentas que combinam análise de dados e geomarketing para embasar a tomada de decisão. A tecnologia torna acionáveis informações de grande relevância como o perfil demográfico da região, possível fluxo de clientes, concorrência e até mesmo o potencial de consumo de determinada área”.
Para facilitar a escolha do local ideal e aumentar as chances de sucesso, Jardim sugere cinco análises fundamentais.
Fluxo de pessoas:
Sem consumidor, negócio nenhum dá certo. Verificar o volume de pedestres e moradores do local ajuda a compreender o potencial da região e a visibilidade que o empreendimento terá. Uma farmácia localizada na esquina da Rua Tuiuti com a Rua Platina, no Tatuapé (SP), por exemplo, pode ser vista por mais de 1,4 milhões de pessoas por semana, uma das esquinas de maior fluxo de passantes em toda a zona leste de São Paulo.
Economia local:
Abrir um negócio de luxo, por exemplo, em uma região que não possui poder de compra suficiente é uma estratégia que certamente levará o empreendimento a ter prejuízos. Por isso, conhecer o perfil e potencial de consumo da região garante que o público-alvo terá capacidade para absorver o mix de produtos ofertados.
Para o varejo calçadista, bairros como Moema, Perdizes e Vila Andrade (SP), são os de maior destaque, com a propensão de gastos com calçados por famílias de renda média A, variando entre R$ 30 milhões e R$ 54 milhões, neste ano.
Perfil demográfico:
Conhecer com profundidade informações como a faixa etária dos moradores da região, diversidade de gênero, perfil de renda e hábitos de consumo é essencial para definir se o local está alinhado com o público consumidor.
Por exemplo, a partir de dados confiáveis, uma rede de ensino que atende o público de renda média mensal entre R$ 8 mil e R$ 16 mil consegue mapear que os bairros de Santa Rosa, Fonseca e Icaraí, em Niterói (RJ), são os que possuem mais habitantes com idade escolar e renda média alvo para uma unidade nesse perfil.
Infraestrutura e concorrência:
Abrir uma pizzaria ao lado de dark kitchens ou outros estabelecimentos semelhantes pode ser uma furada. Para isso, é necessário entender como a presença de concorrentes locais pode interferir no negócio e se fatores como o aluguel da região podem inviabilizar o negócio.
Por exemplo, se uma rede de pizzaria precisa compreender qual a concorrência para seu negócio em Curitiba, pode se utilizar de inteligência geográfica para saber que, além de nove unidades de grandes redes, o segmento conta com outras 300 pizzarias independentes ou de pequenas redes locais somente no município.
Quanto o ponto pode lucrar:
Entendendo as características do entorno, é possível estimar o potencial de faturamento de um ponto antes de investir. Essa estimativa é crucial para tomar boas decisões e garantir bons resultados, evitando surpresas e maximizando o retorno ao escolher o local ideal.
Com o uso de inteligência artificial, a partir de uma solução de inteligência preditiva, com IA e modelos de machine learning, é possível prever o faturamento personalizado em mais de 14 milhões de localidades em todo o território nacional, considerando sazonalidades e captações de mercado que o varejo deverá realizar de acordo com o público do entorno da nova unidade em simulação.
Fonte: Mercado&Consumo (com informações de Mercado&Tech) - Foto: Shutterstock