Varejo deve crescer 3,42% no primeiro trimestre de 2025, aponta Ibevar
Projeções indicam estagnação em relação ao trimestre anterior, mas melhora em comparação ao ano passado
23 de janeiro de 2025
Consumo das famílias brasileiras tende a permanecer estável no início de 2025 - Foto: Shutterstock
O desempenho do varejo nos próximos meses foi avaliado pelo Ibevar – Fia Business School, com base em dados do FIBGE e nas manifestações de consumidores nas redes sociais sobre intenções de compra. De acordo com Claudio Felisoni de Angelo, presidente do Ibevar e professor da Fia Business School, o consumo das famílias brasileiras deve permanecer estável no início de 2025 em relação ao final de 2024.
“Comparando o primeiro trimestre de 2025 com o quarto de 2024, a projeção é de estagnação, ou seja, crescimento igual a zero. Entretanto, o primeiro trimestre de 2025 será melhor que o mesmo período do ano passado, com um aumento de 3,42%. Para todas as categorias na classificação do FIBGE, estima-se expansão”, afirmou Felisoni de Angelo.
A análise das redes sociais amplia a classificação do varejo para 38 segmentos, permitindo uma visão mais detalhada do setor. Dos 38 segmentos avaliados, 25 registram queda na comparação entre o último trimestre de 2024 e o primeiro de 2025, enquanto 13 apresentam crescimento.
Sobre a inadimplência, Felisoni de Angelo destacou: “Considerando o aumento de atrasos observado, é razoável esperar uma taxa de inadimplência entre a média de 5,37% e o limite superior de 5,70% do intervalo estimado, para o mês de janeiro de 2025”.
Vendas do varejo restrito devem registrar crescimento de 4,5% em 2024
As vendas do varejo restrito, que excluem materiais de construção, automóveis e atacarejo, devem registrar crescimento de aproximadamente 4,5% em volume ao longo de 2024, conforme projeção do Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP).
O aumento é associado à elevação da renda, resiliência no mercado de trabalho, transferências de renda realizadas no ano anterior e maior concessão de crédito, mesmo com juros altos, além da recuperação da confiança do consumidor.
O economista Ulisses Ruiz de Gamboa, do IEGV/ACSP, aponta que, para 2025, a expectativa é de desaceleração no crescimento das vendas. “A elevação dos juros, embora não impacte o consumo das famílias de forma imediata, tende a desacelerar a atividade econômica ao longo do tempo, o que reduz a geração de renda e emprego”, explicou Gamboa.
Fonte: Mercado&Consumo